bailarina carioca Ingrid Silva usou seu perfil no Twitter para compartilhar um momento muito especial: por 11 anos, ela sempre teve que pintar as sapatilhas para que tivessem a cor de sua pele. Ingrid é negra e só achava as tradicionais cor-de-rosa, feitas para dançarinas brancas. Mas esses dias chegaram ao fim e a bailarina realizou seu sonho.

A bailarina Ingrid Silva (Foto: Reprodução/Instagram)

O que até então passaria despercebido por muita gente chamou a atenção para um problema mundial: o racismo institucional. As sapatilhas de balé, que carregavam o tom ‘cor-de-pele’, na verdade, não abrangiam todas as tonalidades.

Ingrid Silva sempre pintava as sapatilhas na cor da sua pele porque só encontrava as tradicionais cor-de-rosa à venda. Apenas no ano passado, quase 200 anos depois das sapatilhas terem sido criadas, o calçado surgiu em tonalidades negras.

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A origem da padronização do cor-de-rosa se deu por conta da sapatilha ser considerada uma parte do corpo no balé. Assim, elas foram adaptadas para as bailarinas europeias, nas cores mais claras.

Em seu Twitter, Ingrid comemorou sua conquista. “Viva a diversidade no mundo da dança. E que avanço viu, demorou mais chegou!”, celebrou.

A bailarina ainda compartilhou imagens do processo de pintura das sapatilhas, o qual ela fez durante 11 anos.

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